sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Polo Sindical de PE discute Gestão Institucional em oficina

Com o objetivo de integrar a equipe e construir um processo de gestão institucional de forma coletiva e harmoniosa capaz de identificar e superar os desafios atuais que limitam o desenvolvimento de suas ações, o Polo Sindical dos (as) Trabalhadores (as) Rurais do Submédio São Francisco, na região que abrange os estados de Pernambuco e Bahia, realizou uma oficina,nos dias 8, 9 e 10 deste mês, em Serra Talhada /PE, envolvendo diretores, assessores e colaboradores da Entidade.

A oficina foi assessorada por Alexandre Henrique Bezerra, coordenador do Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, que conduziu os trabalhos utilizando-se de metodologia simples e dinâmica, procurando envolver todos os participantes nas atividades e trabalhos propostos, promovendo a reflexão e discussão sobre a missão do Polo Sindical, o porquê de sua existência, quais os propósitos e os desafios atuais.
Cada participante teve o tempo necessário para falar de si, externar sentimentos, se deixar conhecer e conhecer um pouco mais o outro, falar das expectativas e os anseios. Entre uma atividade e outra, houve momentos de descontração, dinâmica de grupo e integração, brincadeiras, contos de causos, cirandas, canto e dança culturais, piadas, poesias, etc...


O diretor Jorge Silva de Melo foi convidado a contar um pouco da história do Polo Sindical, antigo Centro de Desenvolvimento Humano - CDDH. O mesmo lembrou das reuniões à portas fechadas e sempre em locais estratégicos devido às perseguições da ditadura, falou dos enfrentamentos, atritos e prisões de trabalhadores feitas pela Polícia Federal e destacou a participação fundamental de algumas lideranças como Alcides Modesto (na época padre) na Bahia e Josefina (freira) de Pernambuco na organização da luta dos trabalhadores e trabalhadoras da região, principalmente, no tocante às questões ligadas ao Reassentamento de Itaparica. Para Ele as articulações, mobilizações e ocupações das instalações da Chesf pelos trabalhadores/as foram decisivas para a assinatura do acordo de 1986, cuja luta tinha como lema“terra por terra e casa por casa”. No entanto, muito do que foi acordado ainda falta ser cumprido pelo Governo, deixando as famílias impacientes e desacreditadas no poder público. “É por isso que a luta pelo reassentamento justo e digno continua”, enfatizou.

As dinâmicas de grupos ajudaram a construir um painel dos desafios atuais que dificultam a missão do Polo Sindical que é divulgar, promover e defender os direitos dos Trabalhadores e Trabalhadores Rurais da região do Submédio São Francisco – PE/BA. Para o assessor Alexandre “conhecer a missão da instituição é fundamental para que os integrantes incorporem e se comprometam com o processo”. Ele provocou nova discussão: Quais as estratégias que podem ser utilizadas com os recursos atuais para superação dos desafios?

O envolvimento das equipes foi total, surgindo várias propostas em torno dessa questão. Capacitação e formação continuada das equipes, fortalecimento da economia local, plano de extensão e assistência rural, incentivar e rearticular os reassentados de Itaparica, integrar e comunicar as ações realizadas, autossustentabilidade, ações agroecológicas, constituir parcerias com os sindicatos, associações locais, lideranças comunitárias e instituições, reunião de socialização mensal de diretores e colaboradores, entre outras.

Para Neuma Maria, Assessora da Federação dos Agricultores na Agricultura do Estado de Pernambuco (FETAPE) no Polo Sindical do Submédio São Francisco/Petrolândia, é preciso ter uma compreensão global das ações do Polo Sindical desde as décadas anteriores até os dias atuais. Compreensão da luta a partir da bravura e da mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras. “Temos elementos construídos, temos histórias e diversas ações acontecendo e é preciso que haja uma integração maior dessas ações atingindo todos os cantos de atuação da entidade”, disse. De acordo com João Regis, assessor jurídico do Polo Sindical, “elementos culturais são importantes nesse momento, porque servem de atrativos, principalmente para os jovens”.

Segundo Alexandre Henrique é preciso praticar o Planejamento, Monitoramento e Assessoramento (PMA) das ações, socializando e decidindo coletivamente as atividades. O mesmo falou sobre a importância da atuação do Polo na execução dos Programas da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) - o P1MC e P1+2, chamando a atenção das equipes no sentido de ajudarem a constituir um processo de educação e formação de cidadania junto às famílias beneficiadas. “As cisternas não são favores, são direitos que estão sendo conquistados”, destacou.
Como encaminhamento, foi elaborado um conjunto de atividades que serão desenvolvidas pelo Polo Sindica nos próximos anos, como: Plano de Formação (pessoas, processos e instituições); formação de parcerias com entidades e instituições; atividades de monitoramento e reuniões da Direção com as equipes e um Plano de Comunicação.
A avaliação foi positiva, pois a oficina superou as expectativas, com metodologia simples e objetiva envolveu todos os participantes, houve a troca de experiências, interação, autoconhecimento e compromisso com a Missão do Polo.

Leia a síntese da oficina, em forma de Poesia, criada e recitada por José Osivan, Secretário Geral do Polo Sindical – PE/BA:
Por: Josiel Araújo
Comunicador Popular
Polo Sindical/P1+2

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns ao Polo Sindical pelo excelente trabalho desenvolvido junto aos agricultores e agricultoras familiares de PE e BA.

Sebastião A.S disse...

Foi um maravilhoso encontro. Gostei muito. Parabéns ao Polo.

José Osivan Barbosa de Lima disse...

A poesia é algo bonito que fala fundo no coração da gente. É algo que esta na cultura do povo brasileiro, principalmente nordestino. Quanto a formação que o Polo Sindical disponibilizou para a sua coordenação e o quadro de servidores, com certeza foi importante e irá ajudar para que os trabalhos sejam feitos com mais amor, mais união, mais desempenho, mais garra, etc.