A família da agricultora Audália, 67 anos e do agricultor José Domingos, muito conhecido como Zé de Celina, 66 anos, mora na comunidade Alto Vermelho 1, distante 8 km da sede do município de Manari/PE. Com eles moram uma das filhas, Mônica (25) e um neto, Jairo (13).

Dona Audália conta que a família já viveu muitos aperreios devido a escassez de água na comunidade, pois, só existiam uma cacimba de minação e um barreiro e ficavam muito distante de sua residência, por isso, cansou de ir buscar água com a lata na cabeça. “Era um sofrimento só e todo mundo aqui ajudava a buscar água lá na cacimba. A gente ia e vinha várias vezes ao dia, diz dona Audália. Ela fala ainda que a família não tinha reservatórios d’água por falta de condições financeiras.


Para economizar água, eles usam uma experiência de gotejamento com garrafas pet e cobertura morta, garantindo assim, a umidade da terra por mais tempo. “Como temos pouca água aqui no Sertão, então temos que regar pra não faltar. Como a natureza cuida de nós, também precisamos cuidar dela”, diz seu Zé de Celina.
A mudança de vida desta família, o amor e a cumplicidade deste casal também em relação à terra, assim como a produção de alimentos que brota no quintal da casa reforçam a importância do acesso às tecnologias sociais disseminadas pela ASA como alternativas de convivência no Semiárido e mostram que é possível produzir com qualidade, garantido segurança alimentar e nutricional às famílias do Sertão.
“A cisterna é muito boa demais, porque a pessoa apanhando umas coisinhas dessas...”, diz dona Audália mostrando um balde cheio de tomates. “Só não ajuda para aqueles que não querem trabalhar mesmo, que não têm coragem, que não quer perder uma novela, mas, para os que querem, até na boca da noite dá pra ir lá dar uma molhadinha e bem cedinho vai lá e molha de novo”, conclui seu Zé de Celina.
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